segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não é todo dia que você encontra o amor da sua vida.

Pode ser que aconteça uma única vez, e seja mais fulminante do que um ataque cardíaco! Pode ser que nunca aconteça. E pode ser que você encontre tantos amores, que acabe até se acostumando! Não tem regra, não tem garantias. Cada pessoa passa por isso de forma diferente e sempre vive para contar a história (diferente do ataque cardíaco!). E antes que me perguntem como sabemos que aquela pessoa é mesmo o amor da nossa vida, já respondo: você sabe. Respondo com aquele conhecimento de causa que só quem não é psicólogo e não tem um pingo de conhecimento teórico sobre o assunto tem. O conhecimento de quem já passou por isso e tem esta certeza em cada pequeno ossinho do corpo. Você não conhece o grande amor da sua vida. Você reconhece! É como se vocês tivessem uma ligação tão anterior àquele momento, tão ancestral, que o olhar cruzado, o sorriso trocado e principalmente o toque são absolutamente familiares. É como voltar para casa, mas uma casa onde você nunca esteve antes. O amor da sua vida não precisa ser eterno. Aliás, esta pressão da eternidade é que estraga um pouco o momento do reconhecimento. Você encontra a pessoa, olha nos olhos, sabe que é exatamente ELA, mas já entra na história com a nuvenzinha do “mas será que é para sempre?” rondando a cabeça. O amor da nossa vida pode durar exatos cinco minutos, contadinhos no relógio. Mas serão cinco minutos tão intensos, que terão gosto de eternidade. Outro dia um amigo me disse que estava se preparando para a chegada da pessoa certa. Que se você não está preparado, seu grande amor pode passar na sua vida pelo menos dez vezes e não será reconhecido. Mas se você liga os radares e presta atenção, tudo pode ser mais imediato. Discordo em gênero, número e grau! Não há forma do amor da sua vida passar despercebido por você. Mesmo que você não queira, mesmo que não esteja preparado. E digo mais... as chances de acontecer quando você menos espera são muito maiores. Quando você não se prepara é que o furacão vem com maior intensidade, derrubando suas casas e fazendo com que suas vaquinhas fiquem rodopiando no ar. É quando você não está olhando para os dois lados que o caminhão vem e te atropela com tudo, te deixando inteiro quebrado, recolhendo seus pedacinhos pela estrada e tentando reencaixar como eram antes, mas sem sucesso. A chegada do grande amor da sua vida te deixa sempre com a sensação de estar totalmente desmontado, e com pecinhas faltando, justo aquelas que costumavam ser fundamentais na sua existência. Mas te garanto: elas não te farão falta! Amar intensamente é como uma febre. Se você precisa do termômetro, é porque está, no máximo, em estado febril. Febre mesmo, febre alta, não tem meio termo: você treme de frio, tem dor no corpo inteiro, fica com a pele queimando de tão quente, sem forças para fazer muita coisa. Então, se você está com muita dúvida e desesperado por um termômetro para saber se está mesmo amando, provavelmente não está. Pode ser a pessoa mais maravilhosa do mundo, e pode ser que você escolha ficar com ela, mesmo para sempre. Mas não é o grande amor da sua vida. Até porque, como já diziam Tom e Vinícius, todo grande amor só é bem grande se for triste. Tamanha intensidade muitas vezes pode significar um sofrimento de igual proporção. O amor da sua vida pode ser a pessoa mais errada do mundo para você. Encontra-lo, finalmente, pode significar que é exatamente o momento ideal para ficar um pouco sozinho. É uma experiência que mete um medo danado, que pode muito bem paralisar todas as ações, dos dois! Quem sabe? Como eu disse logo no começo, não há regras e nem garantias. Mas uma coisa é certa. Ele chega para transformar a sua vida. Que seja para sempre ou não, feliz ou triste, certo ou errado, não importa. O que importa é que a sua vida não será mais a mesma. E é exatamente por isso que ele é tão importante. É exatamente por isso que ele é fundamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário