quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quando o amor vier...

''Quando o amor vier... Eu não irei perguntar o porquê da demora. Porque eu sei que, assim como todos nós, o amor também se perdeu pelas estradas do mundo. Esteve à deriva em mares desconhecidos e, por vezes, chegou mesmo a acreditar que havia desviado-se totalmente do caminho. Quando o amor vier... Não será ferido, nem dia santo. Não haverá troca de presentes, nem promessas de um novo dia. Quando o amor vier... Virá só, virá de repente. Sem arautos. Quando o amor vier... Virá em uma viagem de Metrô. E vestirá branco. E isto me fará pensar se o hábito é apenas gosto ou obrigação do ofício. Quando o amor vier... Virá por entre a turba no passeio público. E, com fones de ouvidos nas orelhas, movimentará os lábios mudamente, me fazendo imaginar quais seriam as formas da melodia que eu não poderia ouvir. Quando o amor vier... Virá e sentar-se-á à mesa em um restaurante ou praça de alimentação. Sobre a mesa estará um livro que, junto com a comida, dividirá sua atenção. Quando o amor vier... Virá e chegará piano. Feito canção que já nasce pronta. Melodia complementando harmonia. A deixar a impressão de que são uma coisa só. Quando o amor vier... Virá e, por ventura, encontrará tempestades. E, quiçá, mesmo que a vaga destrua nossa embarcação. Seremos marinheiros sem rumo e sem porto seguro. Alquebrados, porém felizes. Quando o amor vier... Se ele chegar... Mesmo que eu não esteja a procurar; Estarei esperando...'' Stevi Ferreira

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